CAPÍTULO 54 – OS MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE
MATERIAL IMPRESSO PARA EAD
- Consuelo Teresa Fernandes -
A autora, Consuelo Teresa Fernandes é pedagoga,
mestre em tecnologia da educação pelo INPE e especialista em planejamento,
desenvolvimento e avaliação de projetos de formação profissional tanto
presencial quanto a distância, iniciou o artigo tratando do conceito de
material didático, sendo: o recurso que utiliza o papel como suporte de
comunicação; aquele que foi desenvolvido com a finalidade específica de
aprendizagem e; aquele que assume uma configuração em termos de forma e
conteúdo que se ajusta à concepção que lhe deu origem.
Um ponto relevante do texto diz respeito ao
gestor em EAD, que no momento de planejamento decide entre elaborar, adaptar ou
utilizar o que já está disponível. Essa decisão é tão importante quanto as
demais ações de planejamento. Sejam elas de caráter prático ou econômico.
Em determinado ponto do texto, a autora explica
os tipos de materiais impressos comumente utilizados em EAD, a saber: manuais,
livros-texto, guias de estudo, texto auto-instrucionais, publicações técnicas.
Existem diferentes modos na preparação do
material impresso, que vai desde ao mais tradicional (caracterizado como
autoinstrucional) até o mais contemporâneo, que privilegia a comunicação
dialógica entre educando, educador e texto.
A autora destaca dois métodos na preparação de
materiais: o método tradicional (tecnológico) que está centrado no ensino, e o
método sociointeracionista, que está centrado no aluno e se preocupa em
disponibilizar situações diversificadas e que propiciem o envolvimento e a
participação do educando no processo de aprendizagem.
Aspectos importantes na preparação de materiais
impressos para Ead: analisar as características do educando que irá utilizar o
material; observar a qualidade da linguagem a ser adotada no material e;
adequação na inserção de elementos como ilustrações, filmes etc.
CAPÍTULO 55 – FATORES CULTURAIS NA EAD: EXPERIÊNCIAS DE VÁRIOS
CONTEXTOS
- Hermelina das Graças Pastor Romiszowaki -
O uso da tecnologia em educação é influenciado
por fatores de diversas origens e dimensões, inicia o artigo a consultora em
tecnologia educacional e EAD, Hermelina das Graças Pastor Romiszowaki. Uma
dessas dimensões é a cultura – o contexto e as pessoas.
Na Ead não há fronteiras, segundo a autora.
Existe sim um lugar internacionalizado e este é um desafio a ser enfrentado,
pois há os símbolos culturais e as referências religiosas. Hermelina defende um
design universal, que possa ser usado por todos e facilitando a questão da
portabilidade, que é a transferência de tecnologia educacional.
A autora aponta uma lacuna existente na Ead com
relação ao entendimento insuficiente (poucos estudos) dos contextos com muita
ênfase nos produtos e pouca ênfase em seus usos e impactos principalmente para
com os usuários.
O artigo apresenta dois estudos para comparação.
O primeiro diz respeito a “fatores culturais na portabilidade de software
educativo, um exame das percepções e prática do aluno”. É uma tese de doutorado
que investigou a reação de alunos brasileiros frente a uma tecnologia
transferida, isto é, traduzida e adaptada. O segundo estudo, trata de “cultura,
cognição e comunicação na educação globalizada” e basicamente analisa a língua
inglesa como a língua da educação internacional.
São conclusões do artigo: as questões culturais
referentes a língua, o conteúdo, a apresentação e adequação do software traduzido e adaptado e
os aspectos pedagógicos do uso de uma língua estrangeira (conceitos, valores,
convenções) influenciam diretamente na aprendizagem do alunos.
A pouca importância dada à cultura é uma das
maiores razões pelas quais os esforços para a portabilidade de software
educacional entre países falha.
CAPÍTULO 56 – ASPECTOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM EAD
- Fernando
José Spanhol -
Fernando José Spanhol é gerente executivo do
Laboratório de EAD da UFSC e iniciou o presente artigo demonstrando os fatores
mais relevantes em um projeto de EAD. A saber: o planejamento necessário deve
ser feito com antecedência, considerando a necessidade de elaboração do
material, a adequação da linguagem, a revisão, a impressão e a logística de
distribuição.
Para o autor, gerenciar projetos significa
”aplicar conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do
projeto a fim de entender os requisitos do projeto”, sendo que um dos
principais aspectos no gerenciamento de projetos é conhecer os eu ciclo de
vida. O ciclo de vida de um projeto é
constituído essencialmente por cinco fases distintas: concepção, planejamento,
execução, controle e fechamento, sem esquecer da importância dos chamados steackholders
- indivíduos envolvidos e afetados pelas atividades do projeto.
Sobre o gerente de projeto: é o responsável pela
condução do projeto e pela visão global e integrada do mesmo. O autor lista as
atribuições de um gerente de projetos, onde se destacam: gerir estrategicamente
os riscos; desenvolver canais eficientes de comunicação e; adquirir os recursos
adequados do projeto, em quantidade e qualidade.
Para um modelo de gerenciamento de projetos, o
autor usou como exemploo Laboratório de Educação a Distância (LED) da UFSC, que
foi criado em 1995 para pesquisar, desenvolver e implementar a EAD. Atualmente
o LED está vinculado ao programa de pós-graduação em Engenharia do Conhecimento
da UFSC.
Dentre as etapas do
gerenciamento detalhadas no artigo, evidencia-se o cronograma de execução que
possui um resumo de todas as atividades do projeto, os prazos de execução de
cada uma delas, levando em conta as atividades críticas, que são aquelas
identificadas como pré-requisitos para o início de outra atividade. Isto é, são
essenciais para o andamento do projeto no prazo estipulado.LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009, v. 1.