1. RESUMO DA OBRA
1.1. Introdução ao tema
Todas as mudanças vividas nos últimos 30 anos, como por exemplo, a globalização, os avanços rápidos da tecnologia, os diversos movimentos sociais, acarretaram numa expectativa geral do que será o futuro.
Paradigmas estão a todo tempo sendo rompidos, tanto na cultura, quanto no meio social e econômico. O homem é seu próprio inimigo e ao contrário do que se imaginava anteriormente, que a guerra acabaria com ele, agora é a falta de controle da produção industrial que pode sim acabar com toda a vida em nosso planeta.
Neste contexto questiona-se o papel da educação. Que educação teremos? O que queremos com ela?
1.2. Resumo
Moacir Gadotti inicia seu artigo definindo o termo perspectiva e para tal recorre ao latim tardio que o define como “olhar até o fim, examinar atentamente”. Já para o Dicionário Aurélio, perspectiva é uma palavra de múltiplos significados, entre eles: panorama, aspecto, ponto de vista, enfoque, possibilidade.
Os atuais questionamentos dos professores referem-se a esses múltiplos significados do olhar para o futuro: cenários da educação, utopias pedagógicas, ideal pedagógico.
Dividido em três momentos, Um passado sempre presente, Sociedade da Informação e educação e Para pensar a educação do futuro, o artigo perpassa a educação tradicional e internacionalizada (desde a criação do Bureau Internacional de Novas Escolas em 1899 na cidade de Bruxelas por Adolphe Ferriére, cuja consequência é um ensino mais uniforme), as novas tecnologias aplicadas na educação (seu uso e mal uso) e os paradigmas holonômicos que pretendem restaurar a totalidade do indivíduo (sujeito aluno), valorizando sua iniciativa e sua criatividade.
Ainda em Um passado sempre presente, o autor trata da educação popular que teve seu marco inicial com Paulo Freira em 1960e da universalização da educação básica e das novas matrizes teóricas, que se caracterizam por uma “encruzilhada” pois o desempenho do sistema educacional não tem dado conta da educação básica de qualidade (a universalização desta) e as novas matrizes teóricas ainda não apresentam a consistência necessária para a indicação de caminhos seguros.
Para finalizar esta parte do artigo, o autor afirma que uma educação voltada para o futuro será sempre contestadora e vai superar os limites tanto do Estado quanto do mercado.
Como vivemos em uma era denominada de Era do Conhecimento, quer seja pela importância dada a quem detêm o conhecimento, quer seja pelo fato que o conhecimento pode chegar a um número maior de pessoas por meio das tecnologias da informação, esta parte do artigo, Sociedade da Informação e educação, trata especialmente dos espaços criados para esta nova demanda. Espaços de aprendizagem. Agora os espaços sociais e domiciliares, tornaram-se espaços de ensino-aprendizagem, em especial o ensino a distância.
Desta forma, a escola passa a ter um papel diferente: o de gestora do conhecimento. Mas alguns pontos de suma importância precisam ser considerados: “a escola precisa ter projeto, precisa ter dados, precisa fazer sua própria inovação”. Deve haver uma reestruturação curricular, uma elaboração dos parâmetros curriculares. Alcançar a cidadania.
E por fim, dentro desta lógica apresenta-se a nova figura do professor: o educador. O ser sensível e consciente. Que assim como os filósofos e poetas não podem deixar de se imaginar no futuro.
1.3. Conclusões da autoria
No momento final do artigo, Para pensar a educação do futuro, o autor toma como base a obra Educação: um tesouro a descobrir, de Jacques Delors (1998) que aponta o indivíduo da sociedade do conhecimento como um ser que necessita de uma aprendizagem ao longo da vida, que está calcada nos seguintes pilares: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Esses pilares podem ser considerados como uma bússola no sentido de levar a educação rumo ao futuro e para estabelecer novos pontos de debate, sem falar que são categorias que aparecem com frequência na literatura pedagógica contemporânea, o autor relaciona: contradição, determinação reprodução, mudança, trabalho, práxis, necessidade e possibilidade. Para o autor, essas categorias não podem ser negadas e nem desprezadas, mas sim estudadas e examinadas.
Além destas, são temas que surgiram em torno da educação do futuro, que nasceram junto com a prática da educação: cidadania, planetaridade, sustentabilidade, virtualidade, globalização, transdisciplinaridade, dialogicidade/ dialeticidade.
2. CRÍTICA DO RESENHISTA
Com tantas mudanças ocorridas tão recentemente, a escola tem que se adequar a um novo papel. O contexto da educação, o espaço onde ocorre ensino/aprendizagem já é outro.
O professor de hoje já é mais sensível as necessidades do educando, em especial no mundo do trabalho que se desenhou. Mas mesmo assim, o professor ainda se questiona sobre seu significado neste futuro, seu verdadeiro papel.
3. REFERÊNCIA
GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em
Perspectiva, 14(2) 2000.
Achei a posição do Gadotti muito otimista... mas otimista pra quem?
ResponderExcluirGostei do blog e vou segui-lo. O tema da educação sempre me desperta interesse.
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