1. RESUMO DA OBRA
1.1. Introdução ao tema
O texto apresentado é fruto da reflexão
solicitada na disciplina de Política de
Educação Profissional no Brasil do curso de Complementação Pedagógica oferecido
pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 2011 para professores da rede
pública de ensino a nível técnico.
Os objetivos relacionados abaixo interagem entre si no
desenvolvimento do texto, a saber:
·
Apresentar o conceito de política pública
·
Apresentar o conceito de educação
profissional inserida no contexto de política pública
·
Relacionar o ensino médio com a sociedade
capitalista
·
Investigar o princípio formador da Educação
·
Problematizar o estágio supervisionado do
curso técnico em hospedagem
Importante ressaltar que não se trata de um
texto com todas as informações, um texto conclusivo, mas sim, o embrião de um
texto maior, a ser desenvolvido a
posteriori.
1.2. Resumo
·
Apresentar o conceito de política pública
Política
pública pode ser entendida “como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado,
nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem coletivo”.
Um pouco
mais completa é a seguinte definição: “diretrizes, princípios norteadores de
ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder
público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado. “
Qualquer
política é explicitada, implementada na forma de documentos, tais como leis,
programas, linhas de financiamentos, normas, planos.
Estes, por
sua vez, irão orientar as ações que normalmente envolvem a aplicação de
recursos públicos, isto é, dinheiro.
No caso de uma política educacional, e no
caso específico da educação pública, o resultado prático para a escola é o
chamado plano pedagógico da escola,
denominado de PLANO POLÍTICO-PEDAGÓGICO, o famoso PPP.
No PPP do CEDUP – Jorge Lacerda, encontra-se o seguinte: O Projeto Político Pedagógico tem seu
perfil traçado dentro de uma perspectiva pedagógica, que é o fazer didático, e
a política, que é o compromisso social, sendo esses norteadores indissociáveis.
Na dimensão pedagógica, afirma
Saupe (1997), encontra-se a possibilidade de se efetivar a intencionalidade da
instituição educacional, que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo.
É um ‘projeto’ porque se define como um planejamento de ações coordenadas
para a sua efetiva realização, com a subdimensão de ‘pedagógico’ porque está
envolvido com questões educacionais de conhecimento e aperfeiçoamento cultural,
enquanto que também definido como ‘político’
porque tem como sentido explícito o compromisso social, voltado para os
interesses reais e coletivos e com a formação de cidadãos participantes,
integrados e ativos dentro de sua comunidade social.
Esta integração ‘pedagógica’ e ‘política’ é determinante na concepção de ‘homem’, ‘educação’ e
‘sociedade’, cuja concretização se efetiva através da uma ação educativa que
deve nos remeter a uma reflexão crítica sobre esta relação tríade e a
explicação destes determinantes que os permeiam.
Por meio desse viés, é fundamental
o envolvimento de todos os segmentos sociais na organização e no
estabelecimento de práticas metodológicas que assegurem princípios norteadores,
estabelecidos a partir da leitura crítico-reflexiva do contexto escolar e por
meio de estudos e debates sobre a concepção de política, de sociedade, de
homem, de educação, da relação ensino-aprendizagem e da funcionalidade e
flexibilização do currículo.
·
Apresentar o conceito de educação
profissional inserida no contexto de política pública
O conceito de Educação profissional é abordado pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996),
também denominada de Lei Darcy Ribeiro.
Esta lei é complementada pelo Decreto 2208, de 17 de abril de 1997
e reformado pelo Decreto 5154, de 23 de julho de 2004.
O principal objetivo da educação profissional, segundo a LDB é a
criação de cursos voltados ao acesso do mercado de trabalho,
tanto para estudantes quanto para profissionais que buscam ampliar suas
qualificações.
Há três níveis de educação profissional segundo a legislação brasileira: nível básico, nível técnico e o nível tecnológico.
Para efeitos desta investigação é o
nível técnico o que mais nos interessa, afinal é onde se contextualiza o curso
técnico de hospedagem do CEDUP – JL.
Portanto
o nível técnico, de acordo com a legislação aplicada, está voltado para
estudantes de Ensino Médio ou
pessoas que já possuam este nível de escolaridade.
Encontra-se
também na legislação que estes cursos podem ser oferecidos pelas escolas de
forma integrada ao ensino médio ou separadamente, isto é, na forma subseqüente.
No
P.P.P. do CEDP – JL encontra-se a função social dessa instituição, que é a
seguinte: “formar profissionais que saibam pensar criticamente aliando a
prática com a teoria e integrando as atitudes escolares com a realidade
regional nos aspectos social, cultural, econômico e ambiental”
Importa
dizer que a colaboração de um grupo multidisciplinar, formado por professores,
equipe pedagógica e coordenadores de cursos, sob a égide de várias formações
acadêmicas, criaram a função acima.
Mais a frente, no mesmo P.P.P, tem-se
a questão central de educação e trabalho no qual “preparar um indivíduo para o
trabalho é, acima de tudo, ensiná-lo a pensar, possibilitar-lhe aprender a
aprender e não simplesmente ensinar-lhe um ofício. Um ofício não lhe garante um
novo posto de trabalho, e nem tão pouco, garante o emprego que já tem.”
·
Relacionar o ensino médio com a sociedade
capitalista
A conclusão do ensino médio proporciona ao
aluno a possibilidade de ingressar numa universidade e continuar os estudos ou
ingressar no mundo do trabalho.
Nesta segunda opção, fica evidente que se o
aluno não possui nenhuma habilidade nata, terá que procurar por ela num curso
técnico oferecido por escola pública ou escola privada.
Aí é que se tem a chamada educação profissional
destacando-se como um fator estratégico de competitividade para o indivíduo.
Dependendo de sua escolha profissional, inserido no mundo do trabalho, irá desenvolver-se
como ser humano nesta nova ordem econômica - globalizada, tecnológica.
Os
desafios são grandes neste modo de vida capitalista. Os avanços tecnológicos exigem
a atualização constante, as expectativas das empresas são por produtos
competitivos e por colaboradores competitivos.
O
desempenho dos colaboradores, aliás, está sempre sendo questionado. A grande
maioria das empresas trabalha por metas e o enfrentamento de mercados globais
exige profissionais que tenham múltiplas habilidades, além das técnicas.
Assim
sendo, a educação a nível médio e técnico – pós-médio, não podem ficar alheios
a essas transformações. As instituições privadas já oferecem um grande número
de cursos dentro dessa perspectiva. A escola pública, a partir dos CEDUPs e
IFSCs procura se adequar às realidades atuais, e como públicas, de alcançar a
melhoria na qualidade de vida dos alunos.
Não
somente os jovens, mas também os adultos de qualquer idade buscam no ensino
médio, atualmente, uma inserção ao mercado de trabalho. Os jovens procuram por
capacitação, habilitação e os mais velhos por qualificação.
·
Investigar o princípio formador da Educação
A partir do último parágrafo, fica a
afirmativa: tanto jovens como adultos procuram no ensino médio, o
profissionalizante.
Isto acontece quando o aluno ainda não
concluiu o ensino médio e vê nele a possibilidade de uma escolaridade que vai
abrir portas. É só ler os jornais: o nível médio é pré-requisito para o mundo
do trabalho.
Esta demanda também se concretiza quando a
escola passa a oferecer um curso pós-médio, também chamado de técnico
subseqüente. Neste caso, o curso técnico tem curta duração – um ano e meio, e a
inserção no mercado se dá mais rapidamente que um curso universitário.
Considera-se também como uma oportunidade a
realização de estágio supervisionado bem orientado e na própria área de
atuação.
Há escolas que trabalham a atividade técnica
integrada ao ensino médio. O que significa dizer que os conteúdos técnicos
permeiam os conteúdos do nível médio escolar.
·
Problematizar o estágio supervisionado do
curso técnico em hospedagem
O curso técnico de hospedagem no CEDUP –
Jorge Lacerda em Florianópolis iniciou em 2007 e em 2008 a primeira turma já
estava em vias de realizar o Estágio
Supervisionado.
Na ocasião, detectou-se os seguintes
problemas:
- Os alunos não estavam preparados para a
realização do estágio, pois desconheciam a sua importância e o modus operandi do mesmo.
- A escola não tinha realizado os contatos
necessários com o mercado, isto é, com os meios de hospedagem da cidade. Não
havia os convênios necessários para formalizar o estágio entre empresa, aluno e
escola.
Foi a partir da primeira turma em estágio
supervisionado que começou todo o contato com os meios de hospedagem para a
realização de convênios e encaminhamento dos alunos. Felizmente todos os alunos
conseguiram vagas em empresas e realizaram o estágio a contento.
Neste mesmo ano, 2008, realizou-se uma
reunião com a intenção de preparar os alunos do MÓDULO II, que viriam a
realizar estágio no próximo semestre.
Pode-se perceber que as dúvidas eram muitas e
todo o material utilizado – legislação, power-point foi de extrema importância.
Duas características são marcantes com
relação ao curso técnico de Hospedagem em Florianópolis – a primeira diz
respeito a falta de conhecimento da comunidade com relação a existência do
curso. Simplesmente a cidade de Florianópolis não sabe que o CEDUP- JL como
escola pública existe.
A segunda característica encontrada é que a
grande maioria dos alunos, 75 % no MÓDULO I em 2008 e depois 80% dos alunos do MÓDULO
I em 2009 eram pessoas que já trabalhavam na área. Isto é, são pessoas já
inseridas no mundo do trabalho, mas que buscam a qualificação profissional, o
“up grade” no currículo.
Com relação a estágio, esses alunos validam
sua situação junto à escola, realizando e entregando os relatórios/avaliações
junto a professora de estágio.
2. CRÍTICA DO RESENHISTA
A tradução de uma política
educacional pode ser vista por meio de normas, leis e planos. A partir do
momento que esta política começa a ser colocada em prática, o plano estará
sendo executado.
No presente momento, a educação
profissional no Brasil e em especial em Santa Catarina ,
está passando por um período de mudanças.
O trabalho diário do professor no
curso técnico precisa ser muito mais articulado do que se ele fosse lecionar
para o ensino superior.
Chegar a esta conclusão não é
tarefa fácil. A experiência docente mostra que as aulas do curso técnico
precisam ser bem mais bem fundamentadas, menos teóricas e mais ágeis.
Enquanto no nível superior, a
teoria pode ser uma constante, com seus vários pensadores; no técnico o estudo
de casos, a observação “in loco” deve ser o foco.
Engana-se o professor do nível
superior que vai lecionar no técnico na expectativa de ver seu trabalho
diminuído. Ao contrário, será aumentado, visto que a pesquisa e a preparação
devem se adequar.
3. REFERÊNCIAS
POLÍTICA
PÚBLICA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki. Acesso em 20/11/2011 às 18:31.
POLÍTICA
PÚBLICA. Disponível em: http://www.ibrapp.com/index.php. Acesso em 20/11/2011 às
18:45.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL. Disponível em:
CEDUP JL. PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO. Florianópolis (SC)
FURTADO, Mônica Terezinha Colsani. Política de educação
profissional no Brasil (Caderno pedagógico). Blumenau, 2011.
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