14 de jan. de 2015

Filme - um recurso didático pedagógico

O NOME DA ROSA

Quando lecionei “Estágio da Pesquisa” para o Curso de Turismo da Universidade Tuiuti do Paraná, utilizava este filme para demonstrar a importância da pesquisa, as características do pesquisador e as etapas da condução de uma pesquisa.

“O Nome da Rosa” ilustra muito bem cada uma das etapas de uma investigação – a dúvida, a comprovação das hipóteses, etc.

Na época, eu contextualizava o filme, já que alguns alunos ou tinham lido o livro ou já tinham visto o filme. Era importante eu “afinar os instrumentos” com a turma para que tivesse resultado. Então eu o utilizava após algumas aulas sobre pesquisa e definindo alguns objetivos com os alunos.

Os resultados eram sempre positivos, pois como havia uma orientação no ANTES do filme, o DEPOIS era um debate produtivo ou uma resenha crítica que eu depois avaliava e contabilizava como nota.

ESCRITORES DA LIBERDADE

Pode parecer lugar comum, mas eu sou fã de utilizar um filme como recurso de sala de aula. Sempre que possível eu faço isso nas minhas disciplinas do curso de Turismo ou no de Hospedagem.

Desta vez, durante o Programa de Formação da Rede Pública do IFSC - PROFORBAS, eu assisti como suporte pedagógico, a professora Patrícia Sabino conduzir um dos componentes curriculares do curso de Práticas Pedagógicas e utilizar o filme como complemento a sua fala.

Algumas alunas (professoras da rede municipal de ensino da cidade de Santa Rosa de Lima - SC) já tinham visto e até uma delas já havia usado com os alunos no ensino médio. Mas ao todo, a reação foi muito positiva e  produtiva na hora do debate – avaliação do filme.

“Escritores da Liberdade” é um filme mostra como uma professora que leciona para uma escola da periferia de Nova Iorque, conseguiu cativar seus alunos ditos problemáticos. Essa professora, interpretada por Hilary Swank, apesar da indiferença de outros professores e até da direção da escola, ensinou valores e cidadania, ultrapassando o conteúdo programático da sua disciplina, mas sem perder o foco na aprendizagem.

O filme é forte em termos educacionais, mostra rebeldia, violência entre gangues... uma realidade norte-americana que está cada vez mais presente neste mundo globalizado, mas também tem cenas tocantes e sensíveis.

Como foi baseado numa história real, a mensagem também é muito verdadeira e o aprendizado é certo. Não há um professor que não se veja na pele de Erin Gruwell (nome da professora) seja no planejamento de aula, seja numa saída de campo. Seja num mau momento – tendo que enfrentar a direção da escola, que não acredita na sua nova maneira de ensinar ou na felicidade de ver um aluno conseguir avançar.

Recomendo tanto para aqueles que estão iniciando sua jornada no magistério quanto para aqueles que são mais vividos, afim de que revejam conceitos e se reconheçam também.



SOMOS TODOS DIFERENTES/COMO ESTRELAS NA TERRA

Este filme realmente é muito, muito bom! Primeiro porque não é um filme hollywoodiano e depois porque é muito sensível. Conta a história de um menino com dificuldade de aprendizagem e de como um professor observou isso e mudou a realidade da criança.

A primeira vez que eu vi foi durante o Programa de Formação da Rede Pública do IFSC – PROFORBAS em Santa Rosa de Lima SC, quando fui suporte pedagógico da professora Maria Terezinha Caetano no Curso de Dificuldades de Aprendizagem. Agradeço imensamente a ela a oportunidade de conhecer o filme e entender melhor o que uma criança com dislexia (o problema do menino do filme) vivencia.

Depois desta primeira experiência com o filme, sugeri para uma outra professora que o utilizasse e foi muito produtivo para a turma, que se reconheceu no professor Nikumbh.

Algumas professoras nos narraram suas experiências com crianças com TDAH, dislexia e outros problemas de aprendizagem.  Esse momento de debate e reflexão  foi até mágico, porque a troca de vivências, de saberes realmente aconteceu e o objetivo do curso ali, naquele momento plenamente concretizado.

Esse filme é praticamente obrigatório para quem faz Pedagogia ou algum tipo de especialização na área. Na verdade todos os professores, na minha opinião,  deveriam assistir – do nível técnico e do superior também, pois temos casos não diagnosticados nos níveis mais avançados nas escolas e universidades.






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