O NOME DA ROSA
Quando lecionei “Estágio da Pesquisa” para o Curso de
Turismo da Universidade Tuiuti do Paraná, utilizava este filme para demonstrar
a importância da pesquisa, as características do pesquisador e as etapas da
condução de uma pesquisa.
“O Nome da Rosa” ilustra muito bem cada uma das etapas de
uma investigação – a dúvida, a comprovação das hipóteses, etc.
Na época, eu contextualizava o filme, já que alguns alunos
ou tinham lido o livro ou já tinham visto o filme. Era importante eu “afinar os
instrumentos” com a turma para que tivesse resultado. Então eu o utilizava após
algumas aulas sobre pesquisa e definindo alguns objetivos com os alunos.
Os resultados eram sempre positivos, pois como havia uma
orientação no ANTES do filme, o DEPOIS era um debate produtivo ou uma resenha
crítica que eu depois avaliava e contabilizava como nota.
ESCRITORES DA
LIBERDADE
Pode parecer lugar comum, mas eu sou fã de utilizar um filme
como recurso de sala de aula. Sempre que possível eu faço isso nas minhas
disciplinas do curso de Turismo ou no de Hospedagem.
Desta vez, durante o Programa de Formação da Rede Pública do
IFSC - PROFORBAS, eu assisti como suporte pedagógico, a professora Patrícia
Sabino conduzir um dos componentes curriculares do curso de Práticas
Pedagógicas e utilizar o filme como complemento a sua fala.
Algumas alunas (professoras da rede municipal de ensino da
cidade de Santa Rosa de Lima - SC) já tinham visto e até uma delas já havia
usado com os alunos no ensino médio. Mas ao todo, a reação foi muito positiva
e produtiva na hora do debate –
avaliação do filme.
“Escritores da Liberdade” é um filme mostra como uma
professora que leciona para uma escola da periferia de Nova Iorque, conseguiu
cativar seus alunos ditos problemáticos. Essa professora, interpretada por
Hilary Swank, apesar da indiferença de outros professores e até da direção da
escola, ensinou valores e cidadania, ultrapassando o conteúdo programático da
sua disciplina, mas sem perder o foco na aprendizagem.
O filme é forte em termos educacionais, mostra rebeldia,
violência entre gangues... uma realidade norte-americana que está cada vez mais
presente neste mundo globalizado, mas também tem cenas tocantes e sensíveis.
Como foi baseado numa história real, a mensagem também é
muito verdadeira e o aprendizado é certo. Não há um professor que não se veja
na pele
de Erin Gruwell (nome da professora) seja no planejamento de aula, seja numa
saída de campo. Seja num mau momento – tendo que enfrentar a direção da escola,
que não acredita na sua nova maneira de ensinar ou na felicidade de ver um
aluno conseguir avançar.
Recomendo tanto para aqueles que estão iniciando sua jornada no
magistério quanto para aqueles que são mais vividos, afim de que revejam
conceitos e se reconheçam também.
SOMOS TODOS DIFERENTES/COMO ESTRELAS NA TERRA
Este
filme realmente é muito, muito bom! Primeiro porque não é um filme
hollywoodiano e depois porque é muito sensível. Conta a história de um menino
com dificuldade de aprendizagem e de como um professor observou isso e mudou a
realidade da criança.
A
primeira vez que eu vi foi durante o Programa de Formação da Rede
Pública do IFSC – PROFORBAS em Santa Rosa de Lima SC, quando fui suporte
pedagógico da professora Maria Terezinha Caetano no Curso de Dificuldades de
Aprendizagem. Agradeço imensamente a ela a oportunidade de conhecer o filme e
entender melhor o que uma criança com dislexia (o problema do menino do filme)
vivencia.
Depois desta primeira experiência com o filme, sugeri para uma
outra professora que o utilizasse e foi muito produtivo para a turma, que se
reconheceu no professor Nikumbh.
Algumas professoras nos narraram
suas experiências com crianças com TDAH, dislexia e outros problemas de
aprendizagem. Esse momento de debate e
reflexão foi até mágico, porque a troca
de vivências, de saberes realmente aconteceu e o objetivo do curso ali, naquele
momento plenamente concretizado.
Esse filme é praticamente obrigatório para quem faz
Pedagogia ou algum tipo de especialização na área. Na verdade todos os
professores, na minha opinião, deveriam
assistir – do nível técnico e do superior também, pois temos casos não
diagnosticados nos níveis mais avançados nas escolas e universidades.
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