22 de mai. de 2015

Análise do filme "Além da sala de aula."

Durante o curso de Dificuldades de Aprendizagem que está ocorrendo no Campus do IFSC em Jaraguá do Sul (no qual sou suporte pedagógico da prof. Claudia Basso) assisti ao filme "Além da sala de aula".

A sinopse que peguei (veja a seguir) no AdoroCinema é simplista ao dizer que "uma professora de primeira viagem com 24 anos de idade supera seus medos e preconceitos iniciais em lecionar para crianças de rua em uma sala de aula improvisada em um abrigo, fazendo grande diferença na vida delas."


Capa do filme

O filme foi muito mais do que isso. Mostrou a realidade enfrentada por muitos professores, ora mais, ora menos cruel. Mostrou que alunos - crianças ou não, são sujeitos e precisam ser entendidos como um todo. Mostrou que temos sim muitos rótulos a desmistificar na educação e muitos desafios tanto profissionais quanto pessoais. Nossos alunos nos ajudam nisso diariamente, porque sempre é tempo de aprender e eu aprendi com este filme.

A proposta de análise do material foi de se verificar quais os fatores que facilitaram o processo ensino aprendizagem e os que dificultaram. Analisar também se o filme apresentava algum rótulo e qual. E por último, quais as intervenções que deram certo e as que não.

Minhas anotações são as seguir:

1. Fatores que facilitaram o processo ensino aprendizagem

- escola = lugar seguro?
- família = porto seguro
- políticas públicas = responsbilidade
- colaboração/integração da comunidade
- afetividade = ambiente saudável

2. Fatores que dificultaram  o processo ensino aprendizagem

- violência doméstica
- gravidez na adolescência
- plano pedagógico estruturado
- políticas públicas = falta de vontade política
- estrutura da "escola"
- nível social
- clima competitivo

3. Quais rótulos existentes?

Bruxa, palerma, pobre, infância terrível

4. Quais as intervenções que deram certo?

- auxiliar de turma/aluno líder
- aula de artes
- trabalho sobre respeito
- envolvimento dos pais
- ensino de música
- feira de ciências


5. Quais as intervenções que foram mal sucedidas?

Pra mim não houve, porém, depois ao conversar com a prof. Claudia, ela me alertou para o fato de que a professora na história levou a aluna Maria para sua casa. Não que tenha sido uma intervenção mal sucedida, mas talvez, uma intervenção menos adequada. No momento do filme, talvez pela emoção, percebi pouco isso. Mas agora fica a pergunta: até que ponto eu iria, ainda mais sem consultar o meu marido?