12 de dez. de 2018

SEMANA DO CONHECIMENTO - Edição 2018

A abertura oficial da Semana do Conhecimento do Centro de Educação Profissional Dr. Jorge Lacerda aconteceu na noite de 29.11 no Auditório do Instituto Estadual de Educação e teve a presença do Diretor Geral do CEDUP - JL, as coordenadoras de curso - Roberta Riberiro e Carla Lopes, estudantes e professores, além da representante da Sec. Estadual de Educação, a Sra. Janice Bunn.

Nessa ocasião, Janice Bunn que trabalha com Educação Profissional na SED, reiterou que no próximo ano haverá a abertura de novas turmas para todos os cursos ofertados pelo CEDUP - JL desde que haja demanda suficiente, isto é, o número mínimo autorizado pela SED.

De acordo com a programação, houve a apresentação das diferentes experiências pedagógicas do corpo docente e a participação da CDL - Jovem com seus cases empresariais de sucesso.




Público presente no primeiro dia do evento.

Mesa de abertura.

Os estudantes do Mediotec, tanto do Curso de Hospedagem quanto do Curso de Administração, também participaram da Semana do Conhecimento. Foram momentos de grande aprendizado.

No primeiro dia, houve a palestra da Sr. Simone Freitas, RH do Hotel Cambirela, que tratou o tema "A importância do setor de RH para a gestão hoteleira."


Coord. do Mediotec - Sandro Borges, Supervisora dos Estágios -
Prof. Carla Lopes e Simone de Freitas do Hotel Cambirela - palestrante.
Após esse momento o Matheus e o Richard do Núcleo Estratégico do CDL realizaram uma oficina com os estudantes presentes, que foi bem animada. Abordaram o tema "Jogos empresariais e Emprego do Futuro".




Mediotec na Semana do Conhecimento 2018

No segundo dia de evento, houve a socialização dos estágios realizados neste semestre. Os alunos do Curso de Hospedagem retornaram ao CEDUP - JL para um momento muito rico de compartilhamento de informações sobre o mercado de trabalho. Vale ressaltar que quatro estudantes foram contratados pelos hotéis concedentes de estágio e outros dois estão com vistas a trabalho na temporada de verão. 


Apresentação das alunas Giovana e Polyana sobre
o estágio supervisionado na Rede Costa Norte

Aluna Marina que ganhou uma agenda 2019 de brinde!

Eu com o aluno Marley.






17 de nov. de 2018

Café carioca na cidade do Porto - Portugal

E lá estávamos nós, após o nosso pic nic na Praça de Lisboa. Enfim na metade da viagem à Europa, eu havia conseguido usar a tolha de pic nic - a que eu tinha levado com o objetivo de comer no gramado próximo a Torre Eiffel. Não deu por conta da chuva...

Depois dessa foto, um policial pediu pra gente sentar em outro local!!
Mas o post é sobre o espresso que tomei depois do pic nic que acabou acontecendo no Porto. Foi assim: após a visita a Livraria Lello & Irmão, fomos até um bar próximo e compramos nosso almoço que acabou acontecendo no gramado da Praça de Lisboa ali do ladinho da Torre dos Clérigos. 

Foi muito significativo... isto porque o pai gostou muito do lugar, pois tem muitas oliveiras ali plantadas. Já o Alexandre, achou o lugar magnífico porque abaixo de nós tinha uma galeria, as linhas retas do lugar e tals, o uso diferente dado ao conjunto. E eu, bom... eu gostei porque estava em Portugal mesmo!! Estava tentando absorver toda a informação possível e estava gostando de tudo!!

Essa imagem tirei da internet e mostra o café existente na praça.
 De quebra, a sombra da Torre dos clérigos!!

Vamos ao espresso: o garçon ao ver que éramos brasileiros ofereceu o"café carioca". Eu respondi que gostaria de um espresso forte mesmo. O que eu conhecia como Carioca - o espresso mais fraco, se acrescenta um pouco de água após a prensa.

Eu e o pai na parte de baixo da Praça. Atravessando a rua, fica a Lello & Irmão.
Ele disse que não era assim que serviam, mas que era um café tirado com uma lasca de limão taiti - e considero agora, que por seu frescor, seja denominado de "café carioca" lá para as bandas de Porto. Mais uma aprendizado da viagem!!

O lugar é tão gostoso que ficamos de papo um bom tempo por ali...
Fato é que até hoje, passados dois anos do nossa viagem, eu de vez em vez, tomo um café aqui em casa - espresso ou não, com uma lasquinha de limão. Delícia que me remete àquela charmosa praça!




22 de out. de 2018

COMPARTILHANDO SABERES - O Estágio Supervisionado do Curso Técnico em Hospedagem MEDIOTEC/ PRONATEC

O Curso de Hospedagem ofertado pelo CEDUP-JL a partir de Agosto de 2017 foi uma parceria realizada entre a Secretaria Estadual de Educação e o Governo Federal por meio do Programa MEDIOTEC/PRONATEC.

Após um ano de aulas teóricas, os alunos estão passando por 80 horas de atividades práticas em meios de hospedagem da Grande Florianópolis. Essas atividades é que irão constituir por fim todo o conjunto de saberes do educando ao término do curso.

Ao compartilhar dos seus saberes , o hotel parceiro do CEDUP – JL está contribuindo para a formação de jovens que em futuro breve poderão estar inseridos no mercado de trabalho. São empresas concedentes do Estágio Supervisionado que em dado momento perceberam a necessidade da escola e abriram as vagas de estágio. Não obstante, designaram supervisores na empresa para acompanhar o desempenho dos alunos juntamente com a supervisora responsável na escola.

São empresas parceiras do CEDUP – JL os seguintes meios de hospedagem.

            Em Florianópolis:
§  Oscar Hotel
§  Hotel Cambirela
§  Hotel Maria do Mar
§  Hotel Costa Norte Ingleses
§  Hotel Costa Norte Ponta das Canas
§  Floripa Hi Hostel
§  Slaviero Executive Trindade
§  Faial Prime Suíte

Em Palhoça:
§  Slaviero Executive Via Catarina

            Em São José:
§  Hotel Lunes
§  Hotel Kenney Executive

Os 28 (vinte e oito) alunos que atualmente estão em período de Estágio Supervisionado deverão elaborar um Relatório de Estágio que será apresentado em data a ser definida. Essa apresentação objetiva novamente compartilhar as experiências individuais para o grupo, enriquecendo potencialmente o estágio possibilitando a troca de conhecimentos entre os alunos.

Embora não seja tarefa fácil operacionalizar o estágio, pois há que se realizar contatos (e mantê-los), organizar horários de visitas para a supervisão, distribuir os documentos de estágio - a princípio um Acordo de Cooperação Técnica e um Termo de Compromisso - mas também o seguro obrigatório, a folha ponto e finalmente a ficha de avaliação; é muito gratificante observar in loco o desempenho de cada aluno.

É um momento ímpar ouvir o reconhecimento dos gestores de hotéis referentes ao compromisso de um aluno ou de sua postura frente aos novos desafios, assim como saber da possibilidade de contratação logo a conclusão do curso.

Por isso, a resolução em compartilhar com a comunidade do CEDUP – JL mais este saber. Afinal também há aprendizado na prática docente. Há a construção de um saber no dia a dia do professor e na supervisão de estágios. E essa construção vai além da sala de aula estando presente em cada visita, em cada conversa com o gestor, em cada registro fotográfico, como se pode observar a seguir.


Obs.: originalmente o texto foi publicado no blog do CEDUP - JL



Aluno Eduardo durante atividade de estágio no Hotel Kennedy Executive.

Alunos Maurício e Eduardo com o gestor Jefferson Carminatti no Faial Prime Suítes.

Com a aluna Karolyni no Hotel Kennedy Executive.

A aluna Polyanna, eu e o Vinícius, gestor do hotel.

Alunas amanda e Liriel durante estágio no Hotel Cambirela.


15 de set. de 2018

MINHAS NOTAS DA PALESTRA “AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO PROFISSONAL E TECNOLÓGICA NA AMÉRICA LATINA – as relações entre o local e o global”.



Palestrante: Dr. Adriano Larentes[1] (IFSC Campus Chapecó)
Em 13.09

1.       Surgimento da educação profissional no Brasil, Uruguai e Equador;

2.       Espaços que se especializaram em perder (América Latina, África) e outros que se especializaram em ganhar (Europa, EUA);

3.       A EPT no México – rede de ensino;

4.       O BID e as escolas comunitárias (o caso do Campus Continente – Unisul explorava e passou para a rede federal, idem Campus Xanxerê e Jaraguá do Sul)

5.       Expansão da rede federal no Brasil e em outros países com a ajuda do BID – interesse capitalista = mão de obra especializada visando maior produtividade.

6.       Não há neutralidade em qualquer nível de ensino;

7.       Ensino (técnico profissional) dual alemão – parceria escola e fabrica. 70% da carga horária na escola e 30% na empresa. Muito voltado ao setor produtivo. Experiência brasileira – FIESC;

8.       O ensino técnico na AL – semelhanças e dificuldades. Estruturar materialmente é fácil. O grande problema é o capital humano, isto é, o docente. A formação de formadores que possuam além da técnica a dimensão pedagógica;

9.       Escola para todos – pedagogia por competências? Realidades empobrecidas com o Sistema S – “tropicaliza” ações  e é muito voltado ao setor produtivo. Precariza o trabalho docente, fragmentando-o;

10.   Trabalho em rede – OIT/Cintefor, Reduca e outras redes em países latinoamericanos. Consórcio de informações;


11.   No ensino técnico profissional há que se lembrar que é um ensino com dimensão andragógica. Ver Paulo Freire.


Para saber mais:



Prof. Carla Lopes


[1] Pós-doutor em Educação pela Universidade Nacional Autônoma do México e em Políticas Públicas e Formação Humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor do Instituto Federal de Educação de Santa Catarina, Campus Chapecó. Entre suas áreas de atuação como docente e pesquisador estão o Currículo Integrado, a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Profissional e as Políticas Públicas. É professor do mestrado PROFEPT/IFSC, líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Currículo Integrado do IFSC e membro do Grupo THESE - Projetos Integrados de Pesquisa em Trabalho, História, Educação e Saúde da UFF/UERJ/FIOCRUZ.

8 de set. de 2018

Aula 6: Teoria do capital humano e Pedagogia das Competências


Esse mês o prof. Marival Coan, docente do IFSC no Campus Florianópolis se aposentou. Foi meu professor de "Educação e Trabalho" na Especialização em ETP que finalizei em 2017. Abaixo uma das atividades que fizemos para suas aulas. Um forma de eu homenageá-lo.

PROF. MARIVAL COAN                                      ALUNA: CARLA LOPES

Aula 6: Teoria do capital humano e Pedagogia das Competências

     A Teoria do capital humano e a pedagogia das competências podem ser consideradas como ideológicas? Justifique sua resposta a partir das reflexões realizadas no primeiro e segundo encontro.

Acredito que sim. A primeira de acordo com um projeto de competetiividade no mundo capitalista onde “quem sabe mais pode ganhar mais”. E no segundo para “moldar” o trabalhador segundo as necessidades do mercado do trabalho.

Explico melhor: embora ainda com uma leitura pouca sobre o capital humano, entendo que o conceito de capital se ampliou para abarcar o ser humano como um indivíduo do saber. Então se eu sei mais, tenho mais responsabilidade e consequentemente um maior cargo e assim tenho também um melhor salário. Sendo até mesmo possível, me aventurar no mundo dos negócios abrindo meu próprio empreendimento. Isto é, sendo um empreendedor. Mas não é de hoje, que se sabe que um “canudo” na mão não é significado de sucesso profissional ou de muitos ganhos ao fim do mês.

Aí está mais um conceito o do CHA – conhecimento + habilidade + atitude. Esse é o conjunto de atributos que o trabalhador precisa ter, de acordo com sua área de especialidade, para chegar a um pretendido sucesso, de acordo com o currículo por competências.

Minhas perguntas:


1.       O que significa a hierarquização do saber representada de forma horizontar e não mais vertical? 
2.    O texto afirma que o currículo por competências  ”implica em deixar de fazer a separação entre o saber e o fazer-saber para centrar o esforço em resultados de aprendizagem nos quais se atinge uma integração entre ambos.” Isso é ruim? Como se dá?



27 de mai. de 2018

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O CRISTIANISMO - PARTE 1

Fiz algumas anotações sobre as passagens mais curiosas do livro de Geoffrey Blainey, "Uma breve História do Cristianismo". Como é muita coisa... realmente tenho aprendido muito com esse livro, dividi em Parte 1 e Parte 2. Eis abaixo, a primeira parte:

  • O aparecimento de estreles no céu anunciava acontecimentos importantes. Uma estrela extraordinariamente brilhante poderia ser o sinal do nascimento de um faraó ou do fundador de uma religião. Assim os sábios do oriente, seguiram a estrela na intuito de conhecer o que a estrela revelaria.
  • Os primeiros cristãos não comemoravam o Natal. Simbolicamente a Ressurreição era mais importante. 
  • Como Constantino não gostava de Roma, decidiu construir uma nova Roma. Para isso escolheu Bizâncio, que passou a se chamar Constantinopla e seria a nova capital do Império Romano. Atualmente, Constantinopla  chama-se Istambul.
  • Constantino também decretou, em 321, que o domingo deveria ser reconhecido como um dia especial. Deveria ser um dia de descanso.
  • Ravena é uma cidade italiana onde a visão ariana permanece, sobrevive. Não é tão turística quanto Veneza e Florença, porque grande parte de suas obras de arte foram destruídas. Porém, guarda ainda mosaicos maravilhosos criados nos tempos áureos dos romanos, dos bizantinos e sobretudo, dos arianos.
Mosaico citado na obra e que está localizado em Ravena, Itália.
  • Foi na Irlanda que ordens de monges, como os beneditinos, encontraram bons locais para seus mosteiros. Lá, eles passaram a adorar a cruz celta, desenhada por eles e que guarda uma certa semelhança com a cruz copta.
obs.: fui pesquisar e a cruz copta é a cruz dos cristãos do Egito.


Cruz copta

Cruz celta
  • O Norte da África, não possuía um lugar sagrado (cristão), como Roma, mas produziu mentes capazes de discutir o que realmente significava "sagrado." O cristianismo florescia na região costeira, porém cedeu ao Islamismo, por meio dos exércitos muçulmanos por volta de 675.
  • A basílica de Santa Sofia foi dedicada à Sagrada Sabedoria de Deus. 

Santa Sofia, a basílica da Turquia.
  • Os mosteiros dos cistercienses eram o que hoje podemos chamar de turismo de experiência. Atraíam uma espécie de turista que ficava 3 ou 4 dias hospedado no mosteiro e podia ajudar na lida, como carregar a colheita ou podar as árvores. Havia uma calorosa recepção, mas esta poderia esfriar, caso o turista não se ocupasse de algo útil durante sua estada.
  • A veneração a Virgem Maria cresceu muito no século 12, quando a oração da "Ave Maria" se tornou popular. Na Europa formou-se o hábito das igrejas soarem os sinos 3 vezes ao dia - manhã, tarde e noite, para lembrar os fiéis de rezarem a Ave Maria. Esse hábito levou ao uso do rosário.
  • Sobre a arte dos vitrais: entre 1203 e 1240 a catedral de Chartres recebeu vitrais nas suas 176 janelas.
Catedral de Chartres, a 90 km de Paris.

19 de fev. de 2018

Sobre viajar, pesquisar e... deixar passar!

Uma viagem sempre é um momento de aprendizado. Antes, durante e depois. Para mim, não há como se fazer uma viagem, por mais simples que seja, sem o mínimo de planejamento - o que requer pesquisa, leitura, conhecimentos prévios.

Pois bem. Quando fomos para a Europa - meu pai, meu irmão e eu, planejei muito! Pesquisei em sites e livros. Em blogs e guias de viagem. Claro, que resolvi fazer do meu jeito e dos meus companheiros de viagem. Em certo momento cheguei a conclusão de não falar muito a respeito da viagem com outras pessoas no "antes", pois as opiniões são muitas e variadas a respeito dos destinos.

Como li e reli algumas coisas, cheguei até a desistir de ver... e de seguir aprofundando conhecimentos, para poder experimentar do "elemento surpresa" durante a viagem. Para não perder um pouco da graça, certo?

Isto porque, fato é, que a gente faz uma verdadeira viagem, antes da viagem!

Tudo isso pra dizer que "passou batido" um atrativo de Paris. Sim, numa dada praça havia uma árvore centenária e que nem tomei conhecimento na época. Nem antes e nem durante a visita a Paris. Só vim a saber dela, por acaso, esses dias.... Novamente estava eu pesquisando algo sobre Paris ou um filme, nem lembro direito e me dei com essa informação:

A ÁRVORE MAIS ANTIGA DE PARIS. Ou, como me chamou a atenção: a árvore de muletas! Eis a  foto da dita cuja:

A Robínia (pseudo-acácia)
Sobre a árvore: é uma acácia, uma árvore mítica para os celtas e tals. Esse exemplar foi plantado em 1601, portanto, digno de visitar.

Acontece que "virou, mexeu", nós passamos por esta praça onde fica a tal árvore. Mas nem tomamos conhecimento dela porque andando por Paris estávamos sem guia, sem tablet... e quase não falávamos com ninguém.

A tal praça é essa da foto abaixo e quando vi nos blogs, lembrei que sim, tiramos fotos ali. Pensei imediatamente: será que a árvore celta aparece em alguma foto nossa? Assim posso me redimir!!

 René Viviani - a praça

Voltando a Paris.... no nosso terceiro dia lá, estava no meu roteiro ir a Shakespeare & Co, a livraria, e andar por ali, afinal é uma parte de Paris medieval. Também passar pela Sourbonne... etc. Inclusive aconteceu o elemento surpresa nesse dia, pois não esperava ir na Fonte dos Médicis no Jardin de Luxemburgo ... e nem passar na frente do Cine Ódeon.

Mas enfim. Como estávamos vindo da Ille de France, atrevessamos a Pon au Double e entramos na praça. Tem foto minha sim, mas do outro lado!! Com a Catedral de Notre Dame, afinal o atrativo maior dessa região.


Foto by Carlos Alexandre.

A Square Viviani é uma gracinha! Super arrumada, com espaços de gramado, muita flor  -  como dá pra ver nessas duas fotos.
O pai e o Alexandre a Igreja ao fundo e a bendita acácia!!
Então, fui procurar nas fotos e achei três fotos da praça. E como se percebe, nessa foto acima, a árvore mais antiga da cidade. Era maio de 2016, primavera na Europa e a árvore estava com muitas folhas verdes, bem claras.  Aproximando a imagem dá para ver melhor...




Então, minha dica é: indo a Paris visite essa região, vá na praça - que tem vestígios da reforma da Notre Dame (as pedras da praça eram da Igreja), e faça como os celtas reverencie a árvore.

Por fim, acabei criando uma história de viagem! Espero ter me redimido com a árvore...

13 de fev. de 2018

A educação profissional e o professor: fazeres e saberes necessários


RESENHA



SOARES, Ademilson de Souza. A educação profissional e o professor: fazeres e saberes necessários. Centro Universitário de Belo Horizonte - UNI, BH.



1. RESUMO DA OBRA


1.1. Introdução ao tema

O texto mostra claramente um panorama da educação profissional no Brasil, transitando por ideias-chaves, tais como:

§  Contexto da globalização – interferência no mundo do trabalho;
§  Escolas orientadas para a vida ativa X escolas orientadas para o prosseguimento dos estudos;
§  Aproximação entre os conceitos de prazer, trabalho e estudo;
§  Visão da escola técnica-profissionalizante.

O professor da educação profissional poderá se situar dos elementos históricos da educação profissional no Brasil assim como dos dilemas e crises típicos do trabalho com cursos técnicos e profissionalizantes.

Para facilitar a apropriação das ideias, o resumo ficou estruturado em quatro partes, tal qual o texto original.


1.2. Resumo

Um panorama geral da educação profissional

Tanto no Brasil como no mundo, a educação profissional iniciou-se no século XX a partir das mudanças das relações de trabalho e das mudanças tecnológicas.

Sua concepção, tradicionalmente, foi atingir as camadas operárias, isto é, os filhos de subalternos, empregados.

Mas o fato é que a educação profissional pode levar o trabalhador a se cidadão de seu país e do mundo, segundo o autor citado, Oliveira (2007), por meio de uma ação crítica e reflexiva da educação de qualidade.

Mais tarde, aparece um novo conceito, o do “ócio criativo” propagado, em especial, por Domenico de Masi. Este conceito traz em seu bojo mudanças no oferecimento do trabalho, sendo que o mundo pós-industrial exige aptidões mais intelectuais do que físicas.

A chamada flexibilização do trabalho já ocorre, mas ainda não plenamente nos aspectos de satisfação de necessidades como convivência, amizade, beleza, diversão e introspecção.



A educação profissional no Brasil

Até o final do século XIX, trabalhar significava “pegar no pesado” e ir para a escola, coisa de gente rica. Esses valores prejudicaram e muito a relação trabalho e educação. Os reflexos disso se observam até os dias de hoje.

A educação profissional passou por vários momentos, culminando no que temos hoje com a atual LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Na década de 1930, houve reformas na área da educação, pois o Brasil atingia uma fase de industrialização. Já na década de 1940 as Leis Orgânicas criaram o que hoje conhecemos como “sistema S”.

No período ditatorial brasileiro o ensino profissionalizante foi obrigatório, e houve avanços, já que a geração do debate culminou mais tarde, nos fins da década de 1990,  na atual LDB, que preconiza a conjunção entre ser cidadão e se inserir no ensino superior.


O professor da educação profissional

O professor da educação profissional (também) aprende muito com sua prática pedagógica, sua ação diária.

Esse professor não foi formado para exercer esta atividade. Se faz, é por amor. E amor não somente ao contato com o ambiente escolar, ao ensino, mas também a sua categoria profissional.

O professor do ensino técnico-profissionalizante é um trabalhador, acima de tudo. Ele trabalha na área em que ensina. Leva para a sala de aula seu cotidiano.


Fazeres e saberes necessários à educação profissional

Ideias-chave sobre “o fazer” e “o saber” do professor do ensino técnico-profissionalizante:

§  Paulo Freire em sua pedagogia da autonomia, afirmou que o professor se torna o que é, a partir da sua relação com os alunos;
§  O professor aprende ao ensinar;
§  Ensinar não é transferir conhecimento, segundo Paulo Freire;
§  Existe um trabalho manual envolvido no processo ensino-aprendizagem técnico;
§  O professor do ensino técnico vive um dilema entre o trabalho manual e o trabalho intelectual.




1.3. Conclusões da autoria

São três as conclusões do autor, sobre o texto, baseando-se na pedagogia da autonomia de Paulo Freire, a saber:


§  Ensinar é inerente ao ser humano;
§  O ensino de uma profissão exige algo além da simples transferência do conhecimento;
§  A relação aluno e professor , assim como ensino e aprendizagem, só existe se o outro existir.



2. CRÍTICA DO RESENHISTA

Interessante conhecer a história da relação entre trabalho e escola, em especial as diversas possibilidades das escolas profissionalizantes, tais como “as de artes e ofícios”, as “escolas de comércio” e as “polivalentes”.


Na abordagem realizada pelo autor sobre o ócio criativo e como ele se desenvolve atualmente....

É de se destacar a visão já em 1930 de Fidélis Reis sobre a importância econômica do ensino. Ele criticava, o governo de Minas Gerais sobre os poucos investimentos no ensino mais prático, mais técnico, que poderia nortear um crescimento econômico. Defendia inclusive, a criação de uma Universidade Técnica.


Originalmente esta resenha foi apresentada por mim na disciplina de "Concepções Atuais da Educação Profissional" durante o Curso de Complementação Pedagógica realizado na Faculdade AVANTIS em 2011.




10 de jan. de 2018

Sobre o significado de Bem Receber


O entendimento mais amplo a respeito da hospitalidade, segundo os autores britânicos, Lashley & Morrison, é que em primeiro lugar, a hospitalidade seja o bom relacionamento entre anfitrião e hóspede.

A hospitalidade para ser eficaz, segundo os autores, é preciso que o hóspede sinta que o anfitrião está sendo hospitaleiro por sentimentos de generosidade, pelo desejo de agradar e por ver a ele, hóspede, um indivíduo.

Embora existam basicamente, dois tipos de hospitalidade, a privada e a comercial, importante salientar que nem sempre quem recebe bem em casa e bom anfitrião fora dela. Na hospitalidade privada o anfitrião assume a responsabilidade pelo bem-estar de seu hóspede, por afetividade. Já na hospitalidade comercial, que é o caso dos meios de hospedagem, há um interesse pelo lucro, considerando que o hóspede está pagando pelo serviço.

Desta forma, o anfitrião, ou melhor, o prestador de serviço, deve reconhecer no pagamento a base da relação de serviço e qualidade.

Mas afinal, o que é bem receber? É quando ocorre o acolhimento do outro, como cliente, paciente ou hóspede. Esse acolhimento se realiza, por exemplo, quando em uma reserva por telefone o cliente tem a impressão de ver o sorriso de quem o está atendendo. Outro exemplo: quando o cliente chega a um restaurante em dia de chuva e as boas vindas se iniciam com uma grande sombrinha aberta para sua comodidade.

Um fator que é consenso nos informa Maricato (autor de Marketing para Bares e Restaurantes, Ed. SENAC Nacional, 2004), é quando a empresa ensina ao colaborador as técnicas do oficio para prestar um serviço ágil e eficiente, fazendo com que ele permaneça atento o tempo inteiro. Essa premissa vem ao encontro do que o Prof. Geraldo Castelli chama de capital humano ou “humanware”, os recursos humanos da empresa. Para o professor, a melhoria do “humanware” pode se dar “através do aporte de conhecimento, desenvolvimento das habilidades e da formação de bons hábitos.”

Mas o bem receber vai além da qualidade no atendimento! Quando se trabalha com ética e respeito à natureza e ao ser humano, quando o empreendimento está coerente com a proposta do seu entorno, e quando se sente que as pessoas a sua volta estão satisfeitas com o que fazem e com o resultado de seus esforços, o bem receber se torna algo natural.

Há porém, questões que precisam ser discutidas e analisadas pelo empreendedor por trás do conceito de hospitalidade, tais como: condições de trabalho – saúde e segurança no trabalho, capacitação profissional, respeito ao consumidor, entre outros. É fundamental não transparecer para o cliente, problemas pessoais, de equipe ou de estrutura que por ventura podem estar ocorrendo.

Com relação às técnicas de atendimento personalizado, importante ressaltar que cada cliente é um indivíduo e como qualquer um, ele não pode ser o mesmo todos os dias. Por isso o atendente não deve tirar conclusões precipitadas, ao contrário, deve entendê-lo, colocando-se em seu lugar.

Quanto melhor você se relacionar com as pessoas, mais você testará sua habilidade em lidar com clientes. Alguns pontos importantes ao se lidar com hospedes em geral:

ü  O hóspede é a pessoa mais importante no meu meio de hospedagem;

ü  O hóspede nunca atrapalha o meu serviço, ele é a razão do mesmo;

ü  O hóspede escolheu frequentar o nosso estabelecimento, entre tantos. Não é nenhum favor servi-lo bem;

ü  O hóspede não é um estranho no nosso trabalho, ele merece nosso mais cortês e melhor tratamento.

Para a sobrevivência de qualquer empresa no mercado, o bom atendimento é uma obrigatoriedade. A palavra qualidade está presente no vocabulário da maioria das pessoas e um cliente de restaurante espera encontrá-la quando precisa sanar suas dúvidas com relação ao serviço ou algum item do cardápio, por exemplo.  Suas dúvidas devem ser sanadas de forma clara e simpática e não com um meio sorriso onde o atendente demonstre deboche.

No quesito excelência no atendimento, agilidade no serviço de mesa em restaurantes, é outro ponto que merece atenção, mas veja: rapidez é algo subjetivo, pois existe a máxima a pressa é inimiga da perfeição. Claro é, que em um local de refeições comerciais existe um tempo mínimo para que o processo se desenvolva. Quando um atendente está lento demais, dá a impressão de não gostar do que está fazendo.

A cobertura de uma cama, com o envelopamento adequado dos lençóis, a limpeza do box do banheiro, a colocação das toalhas com o logotipo do hotel a mostra, entre outros, são exemplos onde se deve transparecer a técnica por trás da agilidade. Quando se conhece as técnicas de serviço, o mesmo ocorre com naturalidade e se desenvolve a contento.


Por fim, a essência do servir está na elegância do colaborador de qualquer empresa turística, em demonstrar simpatia na medida certa, em trajar um uniforme impecável e utilizar um vocabulário formal sem ser pedante. 

Obs.: texto de minha autoria que escrevi quando Diretora de Capacitação da ABIH-SC (Fev. 2017)