17 de fev. de 2019

FICHAMENTOS

A seguir fichamentos realizados em 2015 dos capítulos 54,55 e 56 do Livro Educação a distância: o estado da arte, para debate durante o Grupo de Estudos do Centro de Referência em Formação e Ead (CERFEAD) do IFSC.



 CAPÍTULO 54 – OS MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE MATERIAL IMPRESSO PARA EAD
- Consuelo Teresa Fernandes -

A autora, Consuelo Teresa Fernandes é pedagoga, mestre em tecnologia da educação pelo INPE e especialista em planejamento, desenvolvimento e avaliação de projetos de formação profissional tanto presencial quanto a distância, iniciou o artigo tratando do conceito de material didático, sendo: o recurso que utiliza o papel como suporte de comunicação; aquele que foi desenvolvido com a finalidade específica de aprendizagem e; aquele que assume uma configuração em termos de forma e conteúdo que se ajusta à concepção que lhe deu origem.
Um ponto relevante do texto diz respeito ao gestor em EAD, que no momento de planejamento decide entre elaborar, adaptar ou utilizar o que já está disponível. Essa decisão é tão importante quanto as demais ações de planejamento. Sejam elas de caráter prático ou econômico.
Em determinado ponto do texto, a autora explica os tipos de materiais impressos comumente utilizados em EAD, a saber: manuais, livros-texto, guias de estudo, texto auto-instrucionais, publicações técnicas.
Existem diferentes modos na preparação do material impresso, que vai desde ao mais tradicional (caracterizado como autoinstrucional) até o mais contemporâneo, que privilegia a comunicação dialógica entre educando, educador e texto.
A autora destaca dois métodos na preparação de materiais: o método tradicional (tecnológico) que está centrado no ensino, e o método sociointeracionista, que está centrado no aluno e se preocupa em disponibilizar situações diversificadas e que propiciem o envolvimento e a participação do educando no processo de aprendizagem.
Aspectos importantes na preparação de materiais impressos para Ead: analisar as características do educando que irá utilizar o material; observar a qualidade da linguagem a ser adotada no material e; adequação na inserção de elementos como ilustrações, filmes etc.

CAPÍTULO 55 – FATORES CULTURAIS NA EAD: EXPERIÊNCIAS DE VÁRIOS CONTEXTOS
- Hermelina das Graças Pastor Romiszowaki -

O uso da tecnologia em educação é influenciado por fatores de diversas origens e dimensões, inicia o artigo a consultora em tecnologia educacional e EAD, Hermelina das Graças Pastor Romiszowaki. Uma dessas dimensões é a cultura – o contexto e as pessoas.
Na Ead não há fronteiras, segundo a autora. Existe sim um lugar internacionalizado e este é um desafio a ser enfrentado, pois há os símbolos culturais e as referências religiosas. Hermelina defende um design universal, que possa ser usado por todos e facilitando a questão da portabilidade, que é a transferência de tecnologia educacional.
A autora aponta uma lacuna existente na Ead com relação ao entendimento insuficiente (poucos estudos) dos contextos com muita ênfase nos produtos e pouca ênfase em seus usos e impactos principalmente para com os usuários.
O artigo apresenta dois estudos para comparação. O primeiro diz respeito a “fatores culturais na portabilidade de software educativo, um exame das percepções e prática do aluno”. É uma tese de doutorado que investigou a reação de alunos brasileiros frente a uma tecnologia transferida, isto é, traduzida e adaptada. O segundo estudo, trata de “cultura, cognição e comunicação na educação globalizada” e basicamente analisa a língua inglesa como a língua da educação internacional.
São conclusões do artigo: as questões culturais referentes a língua, o conteúdo, a apresentação e  adequação do software traduzido e adaptado e os aspectos pedagógicos do uso de uma língua estrangeira (conceitos, valores, convenções) influenciam diretamente na aprendizagem do alunos.
A pouca importância dada à cultura é uma das maiores razões pelas quais os esforços para a portabilidade de software educacional entre países falha.


CAPÍTULO 56 – ASPECTOS DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM EAD
- Fernando José Spanhol -  

Fernando José Spanhol é gerente executivo do Laboratório de EAD da UFSC e iniciou o presente artigo demonstrando os fatores mais relevantes em um projeto de EAD. A saber: o planejamento necessário deve ser feito com antecedência, considerando a necessidade de elaboração do material, a adequação da linguagem, a revisão, a impressão e a logística de distribuição.
Para o autor, gerenciar projetos significa ”aplicar conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades do projeto a fim de entender os requisitos do projeto”, sendo que um dos principais aspectos no gerenciamento de projetos é conhecer os eu ciclo de vida.  O ciclo de vida de um projeto é constituído essencialmente por cinco fases distintas: concepção, planejamento, execução, controle e fechamento, sem esquecer da importância dos chamados  steackholders - indivíduos envolvidos e afetados pelas atividades do projeto.
Sobre o gerente de projeto: é o responsável pela condução do projeto e pela visão global e integrada do mesmo. O autor lista as atribuições de um gerente de projetos, onde se destacam: gerir estrategicamente os riscos; desenvolver canais eficientes de comunicação e; adquirir os recursos adequados do projeto, em quantidade e qualidade.
Para um modelo de gerenciamento de projetos, o autor usou como exemploo Laboratório de Educação a Distância (LED) da UFSC, que foi criado em 1995 para pesquisar, desenvolver e implementar a EAD. Atualmente o LED está vinculado ao programa de pós-graduação em Engenharia do Conhecimento da UFSC.
Dentre as etapas do gerenciamento detalhadas no artigo, evidencia-se o cronograma de execução que possui um resumo de todas as atividades do projeto, os prazos de execução de cada uma delas, levando em conta as atividades críticas, que são aquelas identificadas como pré-requisitos para o início de outra atividade. Isto é, são essenciais para o andamento do projeto no prazo estipulado.


LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009, v. 1.